O original dos anos 90 revolucionou os jogos de plataformas nessa altura e, agora, The Sands of Time veio para deixar todos de boca aberta.
O que há de tão maravilhoso no novíssimo prince of persia (PoP)? Inicialmente o jogo é isso mesmo: literalmente maravilhoso. Segue-se uma voz-off que conta a história do príncipe, tal como se estivesse a contar as Mil e Uma Noites de Scheherazade. A voz suave, o tempo verbal utilizado ("...a história começa quando eu...") e o espanto que se denota na voz do narrador, tudo se junta para prender a tua atenção, como numa sessão de hipnotismo, e aproximar-te da magia da história. A história da traição de um vizir, uma maldição proveniente das areias do deserto que recai sobre a Pérsia transformando as pessoas em criaturas violentas, e a tua missão de utilizares um punhal místico para retomares as areias do deserto e libertares o teu povo.
Assim que o jogo começa a sério, o sentido de escala acerta-te em cheio na cara. Desde Tomb Raider que um jogo não me deixava tão impressionado com o tamanho do nível a enfrentar. Os vastos desertos servem de pano de fundo para os altos palácios repletos de torres, minaretes e ameias, tão atractivos como defensivos. A beleza e o pormenor de cada nível são tão avassaladores que temos de parar e passar alguns minutos a admirar o que nos rodeia, absorvendo os distantes bandos de aves, as bandeiras em oscilação e (a nível da guerra) as explosões e montanhas de setas em movimento. Mesmo que a capacidade de jogo fosse fraca, PoP seria, pelo menos, um sucesso na área do turismo virtual. Felizmente, a capacidade de jogo é tão maravilhosa como o cenário.
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